OS VELHINHOS
Lysette Bollini
De mãos trêmulas, entrelaçadas,
Emocionadas;
Olhos nos olhos tão amorosos!
Saudosos.
Perdidos no espaço, distantes,
Confiantes,
Caminham sempre calados,
Cansados.
O cabelo, o tempo não esqueceu,
Embranqueceu.
As rugas, traçadas, fundas,
Profundas.
As pernas, mal firmadas,
Alquebradas.
O sorriso de amor cresce,
Resplandece
E os velhinhos tão amados!
Descuidados,
Como duas crianças contentes,
Inocentes,
Sentem-se jovens e ternamente,
Docemente,
Vão caminhando, caminhando...
E amando.
E, na velhice inexorável,
Incontrolável,
Os velhinh
os amorosamente,
Sentem-se jovens novamente .
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