POEMA DO PALHAÇO.
Lysette Bollini
O que é ser palhaço?
E ser apenas diversão para a platéia,
Que o aplaude em frenéticas aclamações?
Ser palhaço é sorrir somente,
No mundo das alegrias e diversões?
É fazer malabarismos desencontrados,
Em gestos tão desordenados,
Que provocam verdadeiras ovações?
Já imaginaram como é o palhaço?
Antes da maravilhosa encenação?
Tenham a certeza:
Ele é um ser humano que chora e sorri.
Que na rotina do dia-a-dia,
Vive como todos por aí.
Minha gente! Escute com atenção:
O palhaço é muito, muito mais,
Porque o que ele faz, não tem medição.
Do ser comum, ele passa á maquilagem,
E transforma a sua imagem.
Pinta seu rosto, como um pintor o faz na sua tela.
Faz do seu nariz, uma escultura engraçada.
A roupa alegre diferenciada,
O seu colarinho grande e desajeitado,
Opera nele, estupenda transformação.
Neste momento, ele esquece as amarguras,
Esquece das coisas tristes e duras,
E incorpora unicamente a alegria,
Mesmo que seja fugidia,
Numa simples e grandiosa representação.
Para isso, ele fez a trabalhosa preparação.
O mestre-de-cerimônia o anuncia.
Quando entra no picadeiro, é só alegria.
A sua tristeza se as tem, jamais ele mostra aflição.
Não dá a menor demonstração em seus traços,
Mesmo que o coração esteja em pedaços.
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