segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A REGRA DA IGUALDADE

A REGRA DA IGUALDADE
Lysette Bollini




( De gustibus et coloribus non set disputandun)

Esta locução latina quer dizer: Gostos e cores, não se devem discutir.

Provérbio dos escolásticos da Idade Média, que se cita para afirmar que é livre cada é

livre de pensar e agir como entende.





Deus criou um mundo lindo, prodigioso e encantador para todos viverem e usufruirem.

Podemos fazer uma analogia (Ponto de referência; investigação filosófica da razão das

semelhanças e diferenças das coisas)

Através de um silogismo filosófico, podemos, estabelecer uma relaçao entre as semelhanças e diferenças;



Eu penso de um modo;

O outro pensa de maneira diferente;

Logo, o que eu penso, não é igual ao que o outro pensa.



Se a psicologia diferencial estuda as diferenças individuais dos traços e caracteres de cada um e os diferencia, não é possível haver mesmo num grupo homogêneo, a menor possibilidade de duas ou mais pessoas pensarem e agirem da mesma maneira.

A " personalidade" é um complexo de individualidade consciente: que diferencia os seres entre si, em um conjunto de traços, atitudes e atributos que identifica cada indivíduo,

distinguindo-o dos demais.

Se a personalidade que é uma organização integrada por todas as características cognitivas, volitivas, e físicas de um indivíduo e como tal se diferencia de um indivíduo para outro; que caracteriza o padrão geral da conduta do indivíduo, pode apresentar-se em váriantes como por exemplo: dupla personalidade; personalidade introvertida egocentrica e outros aspectos, como é possível, ajustar-se e identificar-se naturalmente com a personalidade de todos?

Assim como há as diferenças individuais entre os seres humanos, as semelhanças e diferenças também se apresentam na natureza; plantas , animais e outras coisas.

Rui Barbosa afirma::

- A parte da natureza varia ao infinito. Não há , no universo, duas coisas iguais. Muitas se parecem umas às outras. Mas todas entre si diversificam. Os ramos de uma só árvore, as folhas da mesma planta, os traços da polpa de um dedo humano, as gotas do mesmo fluído, os argueiros do mesmo pó, as raias do espectro de um só raio solar ou estelar. Tudo assim, desde os astros no céu, até os micróbios no sangue, desde as nebulosas no espaço, até os aljôfares (orvalho) do rocio na relva dos prados.

A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se igualam.Nesta desigualdade natural, é que se acha a vedadeira lei da igualdade.

O mais são desvários da inveja, do orgulho ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.

Os apetites humanos conceberam inverter a norma universal da criação, pretendendo, não dar a cada um , na razão do que vale, mas atribuir o mesmo a todos, como se todos se equivalessem''.

O pensar, o sentir, a agir, o falar e outras atitudes, são diferentes umas-das-outras.

"Se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdade nativas, pela educação, atividade e perseverança."





Bibliografia: RUI BARBOSA / ESCRITOS E DISCURSOS

ORATÓRIA ACADÊMICA - ORAÇÃO AOS MOÇOS- Pgs 685, 686

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