quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Da calúnia, sempre alguma coisa fica.

CALÚNIA OU DIFAMAÇÃO
Calomniez, il en rest toujurs queique chose
Tradução: Da calúnia, sempre alguma coisa fica.´
ESTUDO DE lYSETTE BOLLINI

A calúnia, como todo o mal, prejudica, machuca e cria problemas que dificilmente poderão ser solucionados, porque, depois dela detonada, ninguém segura a multiplicação ao infinito as suas consequências.funestas, irreparáveis, dolorosas e injustas.
A calúnia é uma imputação falsa, ofensiva da reputação e interfere maldosamente no crédito moral, financeiro, social das pessoas, afetando de modo indiscutível a sua integridade material e psicológica.
O caluniador tem a arma mais possante, destruidora que é a palavra conscientemente falsa.
O caluniador é um elemento amoral, porque é desprovido dos princípios da moral e serve-se dela, como um malfeitor porque comete um crime hediondo que provoca repulsão, inspira repugnância; é disforme e acoberta-se o dissimulador oculto, com esperteza, na sua estudada
falsidade.
Depois de detonada como uma bomba, a calúnia é incontrolável, e como a rapidez de um raio, alcança como um flagelo, numa monstruosa demonstração de maldade, os sentimentos mais dignos e puros dos atingidos.
Por analogia, vamos comparar uma fronha cheia de penas com a calunia. Dificilmente, o caluniador poderá voltar atrás do que falou, porque as penas da calunia, são jogadas do alto da montanha e ficam espalhadas por todos os lados e ninguém, jamais poderá recolhê-las.
O estrago moral para quem foi atacado, não tem reversão, porque da calúnia, sempre fica alguma coisa, porque a calúnia é traiçoeira, irresponsável e demoníaca: é o mal caracterizado.
O atingido pela calúnia, jamais poderá livrar-se dessa mancha desleal e sofrida, porque foi marcado pela tatuagem profunda , machucada pela eterna e maldosa insensibilidade do caluniador.
Calúnia, difamação, causam muito sofrimento.
Foi o que aconteceu com Rui Barbosa;
:" A campanha de difamação contra Rui Barbosa, pelos seus desafetos e adversários, aos quais se juntaram os monarquistas desesperados, já saia do terreno administrativo para lhe macular a honra pessoal. A calúnia torpe surgia nas esquinas, passava de ouvido a ouvido, de boca em boca, aumentava, assumia proporções assustadoras. E chegou até nós! Chegou até nós através de tantos anos! Não será ela, entretanto a destruidora do nome de Rui, porque os valores morais de um povo não se abatem sob as armas traiçoeiras dos mentirosos. Os valores morais de um povo- e Rui é o maior valor moral do Brasil- hão de viver, hão de subsistir, hão de pairar bem
alto, deixando que o oceano furioso das paixões se debata, cá embaixo, na inutilidade da própria impotência. Os valores morais de um povo são a alma desse povo; são o seu espírito, são as suas energias que se renovam, se ampliam, se dilatam pelo infinito dos tempos.
E Rui viverá nesse infinito."

Lembre-se:
Não faça mal aos outros, o que para ti não queres..
Não faça mal, cuide da língua, não cometa injúria.
Seja bom, faça o bem; não cometa infâmia.
A calúnia é falsa, covarde e atitude espúria.

Bibliografia: A VIDA DE RUI BARBOSA- Pg 29
AMノRICO PALHA
ENCICLOPノDIA HISTモRICAú

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Rui Barbosa

ATENTADO CRIMINOSO CONTRA RUI BARBOSA
Transcrevo alguns trechos considerados elucidativos para maior compreensão dos fatos que se relacionaram com a tentativa de morte ao brasileiro Rui Barbosa
" Com a renúncia do Marechal Deodoro ao governo do país, em conseqüência do golpe de Estado que dissolveu o Congresso a 3 de novembro de 1891, o Marechal Floriano Peixoto, dentro da Constituição, assume o poder. Mas a Constituição não lhe permitia nele permanecer até o fim do quadriênio. Seria a violação da lei fundamental logo nos primórdios da República. A história já se encarregou de mostrar os resultados da usurpação florianista. Ela salvou o regime.
O próprio Sr. Batista Pereira, genro de Rui Barbosa, declara: " Vindo da ilegalidade, Floriano realizou o paradoxo de consolidar a legalidade". Tornou o Poder Executivo respeitado.
O seu governo equivalia a um plebiscito entre a República e a Monarquia. A nação fechando os olhos às reais lacunas como estadista e prestigiando-o, pronunciava-se, duma vez por todas, pelas novas instituições.
Rui, apóstolo da lei, jamais poderia aplaudir e concordar com a ilegalidade constitucional.
e , por esse motivo renuncia em 1892 o seu mandato de Senador pela Bahia. Teve o apoio de treze generais de mar e terra, que em Manifesto ao povo brasileiro protestam contra o ato de Floriano e o intimam a mandar proceder a novas eleições.
Para os generais e os outros presos, militares e civis, Rui Barbosa requer ao Supremo Tribunal uma ordem de " hábeas-corpus", datada de 18 de abril de1892.
" Floriano responde-lhes cassando-lhes as patentes e desterrando-os para as regiões norte.
Em julho de 1893, dá-se o incidente do vapor Júpiter, nas águas de Santa Catarina.
Transcrevo a afirmação de Rui Barbosa: " Aprisionado o Júpiter, instrumento da temerária empresa do almirante Wandenkok , a repressão, para fazer-se legalmente, devia processar imediatamente os acusados, entregando-os à justiça comum. Entretanto, não se procedeu assim,- Prenderam -se indistintamente todos os indivíduos encontrados a bordo daquele navio, alheios, em sua maior parte, ao movimento, passageiros, tripulantes, estrangeiros muitos deles, ao serviço do navio mercante tomado por assalto, e tratou-se de submetê-los por tempo indefinido, incomunicáveis, nos calabouços das fortalezas. Fiz-me advogado desses homens, porque foi sempre costume invariável meu, ser do partido das vítimas, e, porque estas, neste caso, representavam a lei, agravada pelo mais flagrante das violências jamais cometidas em minha terra,
contra a liberdade individual."
Rui, requereu ao Supremo tribunal " hábeas- corpus" em favor de 48 daqueles presos, mas o tribunal negou-lhe esse "hábeas-corpus", como já havia negado o de 27 de abril de 1892
Rui afirma :" A Constituição de 91, não dá ao Executivo poderes para punir.
Rui, estranho à combinação do movimento de 6 de setembro de 1893, quando irrompe a revolta da armada, é obrigado a retirar-se do país, para evitar os golpes do ódio político iminente sobre a sua cabeça.; asilou-se no Rio da Prata, em Buenos Aires." Vítima da minha boa fé, acreditando ainda que os poderes públicos neste país quisessem sinceramente conhecer a verdade então saciar ódios pessoais, pensei que podia buscar, no seio do Estado que me elegera, que me dera uma cadeira nesta casa, um descanso e a segurança a que a minha inocência tinha direito. Vítima da minha boa-fé, da ingenuidade de supor que, uma vez provada a minha inocência, nenhum interesse mais podia ter o governo em flagelar-me, cheguei ao porto do Rio de Janeiro e aqui, na mesma tarde da minha chegada, comunicou-me o comandante do vapor Madalena que o Marechal Floriano Peixoto expedira uma ordem positiva para a minha prisão,e acrescentou que o pensamento do governo era arrancar-me do paquete inglês; com ordens expressas de matar-me.
O comandante do vapor Madalena disse-me " Este atentado não se consumará" e mostrou-me então um escrito do comandante do encouraçado inglês "Siriús", no qual se lhe dizia que lhe ficava vedado entregar às autoridades civis ou militares brasileiras qualquer passageiro de bordo do vapor " Madalena"
De volta, " na imprensa escrevi a favor do movimento feito contra o homem de menos patriotismo, contra o homem desumano que me tinha feito sofrer e sair do meu país, sem julgamento, sem processo, nem forma nenhuma garantidora de meus direitos..
A minha atitude foi sempre a de defender os perseguidos e de estar com aqueles ao lado de quem se acha a lei e contra aqueles que querem governar o país pela violência."
Bibliografia: A VIDA DE RUI BARBOSA- Pgs 31- 45-46-47-48
AMÉRICO PALHA
ENCICLOPÉDIA HISTÓRICA
DISTRIBUIDORA RECORD- Rio de Janeiro - São Paulo
RUI BARBOSA- ENSAIO BIOGRÁFICO- Pg.41- 42-43
FERNANDO NERY- CASA DE RUI BARBOSA-- 1955

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rui Barbosa

RUI, O CONSTRUTOR DE REPÚBLICA

O Ilmo. Sr. Prof. Roberto Pinto de Souza, Professor de ECONOMIA POLÍTICA, por ocasião do encerramento da " Assembléia", Rui Barbos, assim se expressa;:
Trancrevo:
(* ) "E uma honra e um prazer assumir esta tribuna, neste momento por discursar sobre Rui Barbosa; a maior cerebração brasileira; honra ao ascender à cátedra que já ocupei, lecionando Economia Política.
Haverá em toda a obra desse " Homem de Estado" capítulo mais contravertido, mais atacado, mais caluniado e que, mesmo entre os seus caluniadores tenha levantado tantas resistrições ?
Será verdade que a atuação de Rui no Ministério da Fazenda, tenha sido prejudicial, como a crítica maldizente que seus adversários pretendem fazer crer?
Serenadas as paixões polítcas, a análise fria dos fatos daquela fase de transição veio demonstrar a inanidade" ( Fig. vaidade, inutilidade)" dos semeadores de ódio, que procuraram no aceso da luta, destruir a figura ciclópica ( de gigantes mitológicos) do imortal brasileiro.
No momento, então, de bruscas mutações, com soem ser as fases revolucionárias, elas aumentam de complexidade, tudo arrastando na sua voragem.
Foi num desses períodos de transição em que o equilíbrio social é bruscamente interrompido pela queda das amarras, que Rui assumiu a Pasta da Finanças.
As consequências desorientadoras da abolição da escravatura, ainda aturdiam a Nação conturbada pelos efeitos econômicos da transformação da sua estrutura política pela queda da monarquia. Dessa forma, somava-se o desiquilíbrio econômico proveniente do ato da princesa Isabel a perplexidade da Proclamação da República.
O mundo, que se abria aos olhos atônitos dos republicanos, era novo e se achava desgovenado.
A tarefa do novel governo, às pressas constituído, era imensa.
Rui Barbosa, por decorrência natural e da sua portentosa inteligência e cultura torna-se o centro de onde emanavam todas as reformas construtivas e para onde convergiam a crítica dos despeitados e dos derrotados. Dessa forma, não se limitou a ser o administrador do Tesouro Público; foi o verdadeiro construtor da República. "
Mas os inimigos da república, para destruí-la, tinham que inutilizar o homem que a fizera.
Porém, esse, em todos os campos que atuara, deixou a marca indelével do seu talento, com a perfeição da obra executada..
A avalanche dos distúrbios já havia avolumado demais para ser detido.
E foram tão longe, nos seus ataques que , malévolamente, circunscreveram os distúrbios econômicamente conhecidos sob o nome de encilhamentoaos anos de 1889 e 1891."
** As emissões não nasceram na gestão de Rui na pasta da Fazenda. O "déficit" veio da monarquia, tempo em que já se gastava mais do que aquilo fixado aos orçamentos..
Não foi, portanto, Rui quem estimulou a " inflação" e criou as facilidads do crédito.
Rui procedeu com o maior cuidado. Só emitiu as somas necessárias ao amparo dos bancos. E, como bem observou Roberto Pinto de Sousa , a emissão para cobrir déficits orçamentários é a mais daninha de todas , porque produz a inflação.
"Amparar bancos, através de emissão, desde que eles não tenham invertido as suas caixas em especulações indevidas ou em negócios escusos, não gera inflação, pois o novo dinheiro que entra em movimento comercial torna-se econômico por incentivar a produção.
Rui Barbosa, nas suas idéias econômicas, totalmente protecionistas, foi um auténtico renovador, quando ao fundar o Banco de Crédito Popular, elaborou o Programa de Pequenos Emprésrimos, a juros módicos, para dar assistência aos trabalhadores brasileiros, preocupando-se com a construção de habitações populares, além de promover no Brasil e no Extrangeiro, propaganda gratuíta a favor da " Imigração e da Colonização". Com que euforia e maldade , os seus inimigos o atacarm impiedosamente, caluniando-o, para que fosse humilhado, desprezado e criticado pela emissão a que recorreu para pagar os salários aos escravos libertos."
Rui Barbosa afirmava: " Que viessem os capitais estrangeiros, mas, não para estrangular a nossa economia; especular sobre as nossas riquezas. viessem, mas em função social, fecundante, civilizadora.
Pouco antes de ruir a monarquia, o ministro da fazenda, João Alfredo, de cuja gestão é a lei que autoriza a emissão de bilhetes ao portador, esclarecia que apesar das grandes despesas autorizada, em benefício da colonização, estradas de ferro e outros serviços, terá, como se calcula um defícit, que poderá desaparecer ou ser consideravelmente reduzido com as obras, que se realizarem e com o saldo que deve passar ao exercício anterior..
O déficit, essa enfermidade crônica a que se referia Rui Barbosa, não deixara ainda o combalido organismo nacional, nos últimos dias do Imperio, por isso que o Visconde de Ouro Preto incluia entre as providências mais urgentes do seu programa o " equilíbrio da receita com a despesa, pelo menos, a ordinária." E fôra justamente esse ministro quem se viu obrigado a recorrer aos remédios da emissão, a fim de socorrer, com as facilidades de crédito, a lavoura, a estiolar-se
( debilitar-se) depauperada..
Não foi, portanto, Rui quem estimulou e criou as facilidades de crédito. Tudo veio de muito longe. Se o administrador republicano fixara a emissão em 45O mil contos, a lei imperial de 24 de janeiro avaliara a emissão em 6OO mil.
Num ensaio admirável de síntese e clareza. Deolindo Amorim, interpreta, com rara acuidade mental, pontos de vista de Calógeras, de Pires do Rio, de Joaquim Murtinho, de Amaro Cavalcante, que redundam todo deles em favor da benéfica administração de Rui, na Pasta da Fazenda."
Rui Barbosa , reagiu, lutou comas armas do saber e afirmava com a nobreza que lhe era própria:
" Mas o patriotismo praticamente, consiste,sobretudo no trabalho."
Podemos resumir assim a vida de Rui Barbosa: Viveu com a Pátria, viveu pela Pátria e viveu para a Pátria.


Bibliografia; ( *) CASA DE RUI BARBOSA, " RUI O FINANCISTA " - pgs. 7-8-9-
Roberto Pinto de Sousa, 1949
** UM PIOLHO NA ASA DA ÁGUIA- Pgs. 121- 122-
Salomão Jorge
Deolindo Amorim " RUI E A QUESTÃO FINANCEIRA. DIGESTO
ECONÔMICO, Pg. 59 e 97, outubro de 1949, Ano V.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

12 de outubro 2009 - Dia de Nossa Senhora Aparecida

MARIA MÃE DE JESUS
Lysette Bollini

Assim que Maria recebeu do Anjo São Gabriel,
A beleza da Anunciação que seria a mãe de Jesus,
Com humildade, respeito e amor, aceitou-a dizendo:
“- Senhor! Faça em mim a Vossa Vontade.”
E, Maria Nossa Senhora e Mãe Santíssima,
A mãe amada, é coroada pela Santíssima Trindade,
Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo,
Como rainha e mãe de todos do céu e da terra,
E protetora contra todo o mal e maldade dos maus.
E Jesus nasceu... nasceu num estábulo pobre,
Mas, dos pastores e dos animais era adorado.
Do céu, ouvia-se o cântico celestial dos anjos, adorando-O.
Uma estrela guia, indicou o caminho para os três reis magos,
Que vieram do oriente para adorá-lo.
Trouxeram como presentes, ouro, incenso e mirra.
“Lembrai-vos ó puríssima Virgem Maria,
Que nunca se ouviu dizer que algum daqueles,
Que tem recorrido a Vós proteção
E reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado.
Animado eu, com igual confiança, entre todas singular
Como a Mãe recorro, de Vós me valho”
Peço-Vos, Mãe Santíssima socorro e proteção
Contra todo o mal que há neste mundo:
Livra-nos de seqüestros, de acidentes, de traições,
Da inveja, da insegurança, de falsos amigos,
De inimigos, da injustiça dos homens, da calúnia traiçoeira,
Porque dela, por mais que limpe, sempre fica alguma coisa,
Do medo, da depressão, da imprudência, do insensato
E de muitas outras coisas frutos do mal.
Ajude-nos, Mãe Santíssima e nossa protetora,
Que sejamos dignos de vossa ajuda, da Vossa proteção,
No respeito aos nossos semelhantes,
Que tenhamos a sabedoria que é a fonte da vida,
Que o preconceito seja expulso do nosso existir,
Porque ele é fruto maligno do sofrimento.
Peço-Vos, Mãe amada de todos nós ,
Que o amor incondicional povoe a nossa vida
E que, no amor recíproco entre o céu e a terra
Possamos ter a alegria dos justos,
E, num canto de ação de graças,
Nos Vós amamos e lhe entregamos
Nossa vida e nosso coração.
Amém.