quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O CARRETÃO- DE- BOIS

O CARRETÃO- DE- BOIS
Lysette Bollini

Embaixo de uma árvore parado,
O carretão-de-bois abandonado,
Sem coragem, força e confiança,
Tornou-se no tempo, uma lembrança.

Aos pares, os bois puxava,
O carretão-de-bois que rodava...
E, pelas estradas caminhando...
As rodas rangiam cantando.

E o carreteiro, meu pai,
Levando as toras compridas, vai..
Vai gritando suave e amoroso,
O nome dos bois, de modo hamonioso.

Eram oito bois fortíssimos e obedientes.
- Eia , Brilhante! Eia Diamante!, puxem contentes!
Eia Trigueiro! Capitão1 Baiano!
Inda falta muito para acabar o ano.

Eia, gaucho! Ramalhete! Presente!
Firmes. O trabalho alegra a gente.
E, com tantas toras carregando...
O tempo foi passando...

E o carretão-de-bois, gasto e sofrido,
No tempo, ficou esquecido.
E hoje, com pura humildade,
Lembra uma triste saudade.

Era tão bonito! Que saudade!
Vê-lo caminhar, que felicidade!
E hoje, o carretão-de-bois calado,
Em lágrimas de poeira está selado

Nenhum comentário:

Postar um comentário