O CARRETÃO- DE- BOIS
Lysette Bollini
Embaixo de uma árvore parado,
O carretão-de-bois abandonado,
Sem coragem, força e confiança,
Tornou-se no tempo, uma lembrança.
Aos pares, os bois puxava,
O carretão-de-bois que rodava...
E, pelas estradas caminhando...
As rodas rangiam cantando.
E o carreteiro, meu pai,
Levando as toras compridas, vai..
Vai gritando suave e amoroso,
O nome dos bois, de modo hamonioso.
Eram oito bois fortíssimos e obedientes.
- Eia , Brilhante! Eia Diamante!, puxem contentes!
Eia Trigueiro! Capitão1 Baiano!
Inda falta muito para acabar o ano.
Eia, gaucho! Ramalhete! Presente!
Firmes. O trabalho alegra a gente.
E, com tantas toras carregando...
O tempo foi passando...
E o carretão-de-bois, gasto e sofrido,
No tempo, ficou esquecido.
E hoje, com pura humildade,
Lembra uma triste saudade.
Era tão bonito! Que saudade!
Vê-lo caminhar, que felicidade!
E hoje, o carretão-de-bois calado,
Em lágrimas de poeira está selado
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