JUSTIÇA DE DEUS E DOS HOMENS
RUI BARBOSA
No ano de 1809, Rui Barbosa pronunciou estas palavras:
* Se alguma coisa divina existe entre os homens é a justiça de Deus. Nisto se compendiam todas as minhas crenças políticas. De todas elas, essa era o centro. Mas, para que a justiça venha a ter essa força, esse elemento de pureza, esse princípio de estabilidade, é preciso que não se misture com as paixões da rua, ou a dos governos, e seja feita a justiça isenta, a justiça impassível, a soberana justiça, a congênita em nós, entre os sentimentos sublimes à religião e à verdade.”
“A justiça coroa a ordem jurídica; a ordem jurídica assegura a responsabilidade; a responsabilidade constitui a base das instituições livres; e sem instituições livres não há paz, não há educação popular; não há honestidade administrativa; não há organização defensiva da pátria contra o estrangeiro.
A inteligência, o direito, a religião, são os três poderes legítimos do mundo. Fora daí, a espada não é a ordem, mas a opressão; não é a tranqüilidade, mas o terror; não é a disciplina, mas a anarquia; não é a moralidade, mas a corrupção; não é a economia, mas a bancarrota; não é a ciência, mas a incapacidade; não é a defesa nacional, mas a ruína militar, a invasão e o desmembramento. “Isto é, não poderia deixar de ser; porquanto com o domínio da espada se estabelece necessariamente o governo da irresponsabilidade, o jubileu dos estados de sítio, a extinção da ordem jurídica, a subalternização da justiça, à força.”
(3)- “Magistrados ou advogados serão. Se cada um de vós meter a mão na consciência, certo que tremerá da perspectiva. O tremer próprio é dos que defrontam com as grandes vocações, e são talhados para desempenhá-las. O tremer, mas não o descoroçoar. O tremer, mas não o renunciar. O tremer, com o ousar. O tremer, com o empreender. O tremer, com o confiar. Confiai, senhores. Ousai. Reagi. E haveis de ser bem sucedidos. Deus, Pátria e Trabalho. Metei no regaço essas três fés, esses três amores, esses três signos santos. E segui, com o coração puro. Não hajais medo a que a sorte vos ludibrie. Mais pode que os seus azares, a constância, a coragem, a virtude.”
“Por derradeiro, amigos da minha alma, por derradeiro, a última, a melhor lição da minha experiência. De quanto no mundo tenho visto, o resumo se abrange nestas cinco palavras:
Não há justiça, onde não haja Deus.”
BIBLIOGRAFIA:
(1) UM PIOLHO NA ASA DA ÁGUIA- pgs. 68-69
SALOMÃO JORGE
ESCRITOS E DISCURSOS SELETOS DE ORATÓRIA JURÍDICA/ O INST. DA ORDEM DOS ADVOGADOS – pgs 560
RUI BARBOSA/ ESCRITOS E DISCURSOS SELETOS/ ORATÓRIA ACADÊMICA/ ORAÇÃO AOS MOÇOS- pgs.693-697
Colaborando com a artista plástica Ceres Panicucci, neste texto pesquisado com responsabilidade e amor, numa união entre a arte da pintura e escultura harmonizadas com a natureza, a beleza da vida e Deus ousaram, sem tremer, mostrar-vos que neste mundo tudo está ligado num planejamento de justiça divina para a felicidade de todos nós: é só deixar o coração e o amor falar mais alto.
Lysette Bollini
São Paulo, 26 de agosto de 2009
A parteira das Letras, Nome e Escrito carinhosamente dado a Lysette por seu filho Yon Junior. Como filha e admiradora de Lysette Bollini A Parteira das Letras eu Amiris tenho acompanhado seus 50 anos dedicados a Educação. O Grande mentor de Lysette foi e sempre será Rui Barbosa. Lysette se dedica cada dia da sua vida escrevendo lindos Poemas, Poesias, Lendas e Escritos.
domingo, 27 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Silêncio é o Esconderijo
SILÊNCIO É O ESCONDERIJO
Lysette Bollini
Psiu! Ouça o silêncio.
Por mais alto e forte, não fale.
Num elogio em doce altivez,
Ele se impõe com altivez.
E o silêncio é fortaleza
Que abala a natureza.
Que, às vezes, é cativeiro
E inseparável companheiro.
Ouvir o silêncio extravaza,
O pensamento que dá asa,
A horizontes tão distantes,
Ora opacos, ora brilhantes.
E o silêncio impenetrável,
Possue uma mudez notável,
Por mais que doa, não mude.
Ouvir o silêncio é uma virtude.
E, no meu sofrimento sofrido,
Neste silêncio tão dolorido,
Que grita sentmentos meus,
O que me salva é pensar em Deus
Lysette Bollini
Psiu! Ouça o silêncio.
Por mais alto e forte, não fale.
Num elogio em doce altivez,
Ele se impõe com altivez.
E o silêncio é fortaleza
Que abala a natureza.
Que, às vezes, é cativeiro
E inseparável companheiro.
Ouvir o silêncio extravaza,
O pensamento que dá asa,
A horizontes tão distantes,
Ora opacos, ora brilhantes.
E o silêncio impenetrável,
Possue uma mudez notável,
Por mais que doa, não mude.
Ouvir o silêncio é uma virtude.
E, no meu sofrimento sofrido,
Neste silêncio tão dolorido,
Que grita sentmentos meus,
O que me salva é pensar em Deus
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
A Cestinha de Frutas
A CESTINHA DAS FRUTAS
Lysette Bollini
Era sempre assim.
Gostava muito de ir ao pomar.
Era um pomar tão lindo!
As mexeriqueiras ficavam carregadinhas
Que até os galhos vergavam.
As pereiras tão sérias,apertadinhas entre as folhas,
Qiueriam esconder as deliciosas frutinhas.
Quando as jabuticabeiras
Estavam carregadinhas do começo do tronco
Ao final dos mais finos galhinhos,
Pareciam bolinhas de vidro,
Redondinhas, redondinhas como o mundo.
Saboreá-las, era um prazer profundo.
De tantas árvores frutíferas:
Limeiras, macieiras, marmaleiros,
Bananeiras, caquizeios,goiabeiras,
Aqueles parreirais de uva, carregadinhos,
Os jambeiros, as mangueiras, os pessegueiros,
E, muitas oiutras mais...
Mas, do que me lembro,
Era de uma mangueira velha,
Uma mangueira altíssima
Que eu lá em cima,
Dificimente poderia subir.
Então, na minha habildade
De ter uma boa pontaria,
Apanhava no chão uma pedra
E mirava... mirava para o alto,
Procurando a manga mais bonita
A manga mais rosada e apetitosa
Bem lá no alto, que eu não conseguia alcançar.
Mirava.
Apontava.
Atirava.
Atirava no galhinho em que ela estava.
Atirava e corria,
Tão rápida como o vento.
E, antes que a manga do galho caisse,
Lá em baixo, estava eu.
Eu sabia com certeza
Que no chão, ela náo iria ficar.
Porque, com as duas mãos preparadas,
Antes que ela chegasse ao chão,
Eu a conseguiria segurar.
Lysette Bollini
Era sempre assim.
Gostava muito de ir ao pomar.
Era um pomar tão lindo!
As mexeriqueiras ficavam carregadinhas
Que até os galhos vergavam.
As pereiras tão sérias,apertadinhas entre as folhas,
Qiueriam esconder as deliciosas frutinhas.
Quando as jabuticabeiras
Estavam carregadinhas do começo do tronco
Ao final dos mais finos galhinhos,
Pareciam bolinhas de vidro,
Redondinhas, redondinhas como o mundo.
Saboreá-las, era um prazer profundo.
De tantas árvores frutíferas:
Limeiras, macieiras, marmaleiros,
Bananeiras, caquizeios,goiabeiras,
Aqueles parreirais de uva, carregadinhos,
Os jambeiros, as mangueiras, os pessegueiros,
E, muitas oiutras mais...
Mas, do que me lembro,
Era de uma mangueira velha,
Uma mangueira altíssima
Que eu lá em cima,
Dificimente poderia subir.
Então, na minha habildade
De ter uma boa pontaria,
Apanhava no chão uma pedra
E mirava... mirava para o alto,
Procurando a manga mais bonita
A manga mais rosada e apetitosa
Bem lá no alto, que eu não conseguia alcançar.
Mirava.
Apontava.
Atirava.
Atirava no galhinho em que ela estava.
Atirava e corria,
Tão rápida como o vento.
E, antes que a manga do galho caisse,
Lá em baixo, estava eu.
Eu sabia com certeza
Que no chão, ela náo iria ficar.
Porque, com as duas mãos preparadas,
Antes que ela chegasse ao chão,
Eu a conseguiria segurar.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
O CARRETÃO- DE- BOIS
O CARRETÃO- DE- BOIS
Lysette Bollini
Embaixo de uma árvore parado,
O carretão-de-bois abandonado,
Sem coragem, força e confiança,
Tornou-se no tempo, uma lembrança.
Aos pares, os bois puxava,
O carretão-de-bois que rodava...
E, pelas estradas caminhando...
As rodas rangiam cantando.
E o carreteiro, meu pai,
Levando as toras compridas, vai..
Vai gritando suave e amoroso,
O nome dos bois, de modo hamonioso.
Eram oito bois fortíssimos e obedientes.
- Eia , Brilhante! Eia Diamante!, puxem contentes!
Eia Trigueiro! Capitão1 Baiano!
Inda falta muito para acabar o ano.
Eia, gaucho! Ramalhete! Presente!
Firmes. O trabalho alegra a gente.
E, com tantas toras carregando...
O tempo foi passando...
E o carretão-de-bois, gasto e sofrido,
No tempo, ficou esquecido.
E hoje, com pura humildade,
Lembra uma triste saudade.
Era tão bonito! Que saudade!
Vê-lo caminhar, que felicidade!
E hoje, o carretão-de-bois calado,
Em lágrimas de poeira está selado
Lysette Bollini
Embaixo de uma árvore parado,
O carretão-de-bois abandonado,
Sem coragem, força e confiança,
Tornou-se no tempo, uma lembrança.
Aos pares, os bois puxava,
O carretão-de-bois que rodava...
E, pelas estradas caminhando...
As rodas rangiam cantando.
E o carreteiro, meu pai,
Levando as toras compridas, vai..
Vai gritando suave e amoroso,
O nome dos bois, de modo hamonioso.
Eram oito bois fortíssimos e obedientes.
- Eia , Brilhante! Eia Diamante!, puxem contentes!
Eia Trigueiro! Capitão1 Baiano!
Inda falta muito para acabar o ano.
Eia, gaucho! Ramalhete! Presente!
Firmes. O trabalho alegra a gente.
E, com tantas toras carregando...
O tempo foi passando...
E o carretão-de-bois, gasto e sofrido,
No tempo, ficou esquecido.
E hoje, com pura humildade,
Lembra uma triste saudade.
Era tão bonito! Que saudade!
Vê-lo caminhar, que felicidade!
E hoje, o carretão-de-bois calado,
Em lágrimas de poeira está selado
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
O Padre Roteirista
O PADRE ROTEIRISTA
Adaptação Lysette Bollini
Num certo lugar de Minas,
Padre Lourenço, o vigário,
Era muito requisitado,
Pelas ovelhas más que pediam,
Alívio pelos pecados e tropeções
E eram confissões... confissões...
As beatas do lugar, para se livrarem
Da prestação de contas do Juizo Final,
Nem bem cometiam o pecado,
Corriam para o confessionário
E punham em dia a absolvição.
Para o pároco, o trabalho estava penoso.
Estava cansado e com muita fraqueza.
Ele tomou uma sábia decisão.
No domingo, no púlpito,
Ele leu ás desobrigas,
Que viviam com os pecados quitados.
Elas leves, ele cansado,
Este roteiro de organização:
- MInhas devotadas paroquianas,
Para facilitar a confissão e o perdão,
Confesso:
As preguiçosas, aos domingos;
As maldizentes, às segundas- feiras;
As ladras, às terças-feiras;
As hipócritas, às quartas-feiras;
As bebadas , às quintas-feiras;
As feiticeiras às sextas-feiras;
As comilonas e erradas, no sábado.
Depois de tudo explicado,
Silêncio na nave umbrosa.
A partir desse dia,
Saiba o que o regulamento fez:
O Padre Lourenço durante muitos anos,
Viveu com tranquilidade e amor,
Na Santa Paz do Senhor..
Bibliografia: ANTOLOGIA ILUSTRADA DO FOLCLORE BRASILEIRO
ESTÓRIAS E LENDA DE MINAS GERAIS ( PG.58)
LIVRARIA LITERAT EDITORA- SÃO PAULO
Seleção e Introdução de Mary Apocalypse
Adaptação Lysette Bollini
Num certo lugar de Minas,
Padre Lourenço, o vigário,
Era muito requisitado,
Pelas ovelhas más que pediam,
Alívio pelos pecados e tropeções
E eram confissões... confissões...
As beatas do lugar, para se livrarem
Da prestação de contas do Juizo Final,
Nem bem cometiam o pecado,
Corriam para o confessionário
E punham em dia a absolvição.
Para o pároco, o trabalho estava penoso.
Estava cansado e com muita fraqueza.
Ele tomou uma sábia decisão.
No domingo, no púlpito,
Ele leu ás desobrigas,
Que viviam com os pecados quitados.
Elas leves, ele cansado,
Este roteiro de organização:
- MInhas devotadas paroquianas,
Para facilitar a confissão e o perdão,
Confesso:
As preguiçosas, aos domingos;
As maldizentes, às segundas- feiras;
As ladras, às terças-feiras;
As hipócritas, às quartas-feiras;
As bebadas , às quintas-feiras;
As feiticeiras às sextas-feiras;
As comilonas e erradas, no sábado.
Depois de tudo explicado,
Silêncio na nave umbrosa.
A partir desse dia,
Saiba o que o regulamento fez:
O Padre Lourenço durante muitos anos,
Viveu com tranquilidade e amor,
Na Santa Paz do Senhor..
Bibliografia: ANTOLOGIA ILUSTRADA DO FOLCLORE BRASILEIRO
ESTÓRIAS E LENDA DE MINAS GERAIS ( PG.58)
LIVRARIA LITERAT EDITORA- SÃO PAULO
Seleção e Introdução de Mary Apocalypse
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