SAUDADE
Lysette Bollini
Naquela casa amarela,
Como era bela!
O tempo parou.
Janela aberta, ficou.
A teia de aranha
Fina e transparente,
Balançando ao vento,
Lá ficou permanente
Janela aberta silenciosa,
Escancarada, nada aconteceu.
A casa, o telhado, a pintura,
Tudo, tudo envelheceu.
Passa a primavera, o inverno,
O outono e o verão.
E, na mulher que foi criança
Que no cabelo fazia trança,
Foi a esperança.
Chora. Ficou a saudade,
No fundo do seu coração.
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