Tudo começou quando a autora criou a Obra Intitulada Brinquedos e Brincadeiras para sua cartilha de alfabetização de conceitos RUIUÇARA.
O Título BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS foi utilizado em várias edições até ser considerado de DOMÍNIO PÚBLICO.
Quando editada foi distribuida pelo Brasil inteiro.
Em uma reunião 1973 na Câmara Brasileira do Livro, foi entregue a representantes dos Estados Unidos da América onde foi muito elogiada.
Nesta Época a Cartilha foi levada pela Fundação Bradesco para os Índios do Araguaia serem alfabetizados.
Nota da Autora:
Fui algumas vezes, no Instituto Nacional do Livro Didático para análise da Cartilha de Alfabetização BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS.
A origem desse título, foi muito interessante e surgiu através de uma conversa com Dona Judite Pereira, presidente do Instituto Nacional do Livro Didático.
Perguntou-me ela:
- Você já escolheu o título da sua Cartilha de Auto Alfabetização Ruiuçára?
- Não, Dona Judite. Estou em dúvida: é uma cartilha de brinquedos e preciso completá-la.
Conversa vai,,. conversa vem..., de repente eu disse:
- É Brinquedos e...
Dona Judite completou: Brincadeiras.
Foi assim que a CARTILHA BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS, foi intitulada.
E ela perguntou-me:
- Por que Auto- Alfabetização " RUIUÇÀRA?
- Rui, em homenagem a Rui Barbosa.
U, porque é unversal na Metodologia Universal Global Integrada de " CONCEITOS".
ÇÀRA é um sufixo nheengatu da língua tupi-guarani e quer dizer o agente inspirador de determinado fato.
Em resumo;
Rui Barbosa é o inspirador do Método Global Integrado Universal de Conceitos RUIUÇÀRA"
O título foi registrado no Instituto Nacional de Marcas e Patentes, sendo renovado sempre no tempo adequado.
Dona Judite, telefonou-me dizendo:
- Lysete, vai haver uma comemoração especial de autores nacionais e estrangeiros na Câmara Brasileira do Livro e estou convidando-a para participar desse evento.
Eu respondi:
- Dona Judite, é muita gente importante e eu sou apena uma autora de uma Cartilha de Alfabetização. que está iniciando.
- Não aceito um: " não", respondeu ela.
No dia marcado, fui para a Avenida Ipiranga em direção à Câmara Brasileira do Livro.
Ao chegar no salão, vi tanta gente e tantos autores importantes e pensei aflita:
- Meu Deus!
Autores nacionais e estrangeiros!
Tão elegantes!
Tão formais!
Confesso que fiquei um pouco amedrontada e pensei: - Deus me ajude!
Garçons iam e vinham com as bandejas de doces, salgados e bebidas.
E a festa continuava muito formal...
A Dona Judite, aproximou-se de mim e disse:
- Vou anunciar à todos que voce vai executar uma valsa do Zequinha de Abreu., SÒ PELO AMOR VALE A VIDA.
Gelei!
Queria que o chão se abrisse sob os meus pés.
Mas, mais rapidamente do que pensei, alguns autores puxaram o banquinho do piano; sentei e fiquei numa distancia adequada do piano.
A tampa do piano foi aberta e, antes que eu iniciasse a execução da música, coloquei as mãos sobre o teclado e arranquei a primeira unha do meu dedo e a coloquei ao lado do teclado.
Todos começaram a ficar assustados e diziam:
- A Lysette está fazendo tortura chinesa!
Tranquilisei-os dizendo:
- Não se assustem; eu rôo as unhas e coloquei unhas postiças.
Não dá para tocar piano com as unhas praticamente soltas.
Imediatamente, os cavalheiros escritores, postaram-se ao meu lado e cada um, tirava uma unha postiça dos meus dedos.
Solicitei:
- Por favor, coloquem as unhas na ordem certa, para eu recolocá-las depois.
Após a execução, cada um , foi recolocando as unhas postiças nos meus dedos e a festa transformou-se em um ambiente informal, muita conversa e muita alegria.
Foi um sucesso incalculável!
Lysette Bollini
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