sexta-feira, 27 de março de 2009

ÁRVORE: VIDA E MORTE

Bem me lembro!!



Na nossa fazenda São José, em Bariri, Estado de São Paulo, havia uma mata grande e muito bonita.Meus avós paternos, eram imigrantes e ensinaram aos seus filhos a importância da árvore.




A recomendação era:


- Quando derrubarem uma árvore, plantem outra no lugar.




Naquela época não se falava em ecologia, em aquecimento globa, em ecosssistema, meio ambiente, mas, no amor, o respeito e o cuidado com a mata e a árvore, era obrigatório.




Hoje, o que se vê, é a irresponsabilidade, é o desamor, é a destruição, na derrubada das matas; são os incendios provocados ntencionalmente, é um verdadeiro mortiçinio da Floresta indefesa.




Eis o que acontece:









Arvoredo

Óleo sobre tela


Acervo/Egeria Ferraz

quinta-feira, 19 de março de 2009

O Místico e o Rabisco





Abstrato
óleo sobre tela
Ceres Panicucci

terça-feira, 10 de março de 2009

"Foi assim que tudo aconteceu.."

Foi assim que tudo aconteceu..’
Lysette Bollini.

FAZENDA E COLÉGIO

Com uma vida tão livre,
Tão saudável, tão natureza,
Da Fazenda São José, em Bariri,
Por vontade própria decidi,
Pó alguns anos me despedir,
Queria ser professora,
Queria estudar,
P’ra ajudar tantos analfabetos calejados,
Que nem o lápis,
Nas mãos calosas,conseguiam segurar.
Era mais fácil segurar
O cabo da enxada, do enxadão,
Plantar no chão,palanques e mourão,
Com o calejado d oído das mãos.
E lá fui eu....
Com o enxoval completo,
Guardado no baú,
Meu número, setenta e seis,
Em nenhuma vez,
Deixei dele me orgulhar.
Do Colégio das Freiras,
Da Irmandade São José de Jaú,
Fui contente estudar.
O meu enxoval tão lindo,
Feito com amor e carinho,
No baú especial foi morar.


Sentia-me como uma noiva,
Esperando o enlace nupcial.
Era um casamento diferenciado,
Mato, cafezal,boiada, cavalos...
Livre eu, como o vento,
Casar com um lindo e majestoso casarão,
Todo edificado de cimento.
Mas foi um casamento perfeito.
Confesso: - difícil combinar.
Mas aos poucos fui tomando jeito.
E logo estava feita uma verdadeira colegial
Tocava piano, ...
Cantava no côro,...
Pintava telas a óleo....
A via-sacra, de cor eu sabia.
Os salmos todos eu lia.
A missa toda manhã assistia.
Aos poucos, fui associando,
A natureza com a Bíblia.
A Bíblia com os ensinamentos.
Os ensinamentos das verdades,
Que Deus Nosso Pai nos deixou.
E fui sendo como um diamante,
Aos poucos lapidada.
Meu Deus!! Quanta coisa aprendi !
Quanta beleza na vida eu vi!
Quanta emoção eu senti!
E hoje com o mesmo sentimento,
De amor, respeito e sonhos,
É acalentador ver e sentir,
Que o povo brasileiro
Sabem que a única solução,
É ensinar a ler e escrever,
Quem esta nas trevas da Alfabetização.
Neste mundo de sonhos e realidade
Encontrei a minha verdade.











sexta-feira, 6 de março de 2009

A Parteira das Letras.

A Parteira das Letras.
Uma declaração de amor de filho para mãe.
Yon Moreira da Silva Jr.


A Parteira das Letras

Me lembro, ao voltar da rua, ver suas mãos cheias do sangue nobre das tintas que davam vida ao papel.

Como uma sala de parto, seu escritório transbordava energia, caos sob uma luz forte onde as horas do relógio não marcavam vinte e quatro horas, era o tempo cósmico da criação.

Ela pensava nos olhos de outros percorrendo aqueles papéis com vida, com o sangue pulsando que lhes daria o oxigênio da sabedoria simples do ler e entender.

Quantas vidas a parteira no seu ofício trouxe para a vida real, para o conhecimento que propicia o livre arbítrio de cada um, após se libertarem da ignorância?

Ela sabe que a sua preocupação, o seu amor pela causa do ler e saber, é missão sublime que, como uma tatuagem definitiva está introjetada no seu ser.

O que não sabe é que o melhor da sua recompensa está na alquimia de tansformar a tinta e o papel na liberdade dos pássaros cativos.

Homenagem para a mãe que deu o prazer e a sabedoria dos livros ao seu filho.

Yon